RESISTÊNCIA LUZENTE
Na luta pela vida
Ô, mulher, você jogou água
Fervente no seu amor
Isso aconteceu quando acabou o amor
O roxo no teu braço, olho e peito
É de um punho bruto do teu “amor”
E pela tua vida, tu resolveste
Jogar água fervendo no teu amor
Quando você levantar a mão pra uma mulher
Covarde você é, homem!
Você irá se arrepender
No seu amargor e no vazio que hão de lhe consumir
Quando levantar a mão pra uma mulher
Homem, covarde você é!
Saiba: irá se arrepender
No amargor e no vazio que hão de lhe consumir
A mulher, aquela que é o seu amor,
Agora fala com exuberância
Ela não é puta nem santa
Agora, ela se chama Resistência
No seu leito protetor, ela se cuida
No alvorecer, é vanguardista
No anoitecer, vigília
Aquela ninguém agora se chama resistência
A fúria vanguardista é alvorada
Resistência Luzente
Como brilho do sol faina
No combate, se fez forte caminhando
É direção com ternura e classe
É mulher na certeza
De ser uma lutadora sempre
A luta se faz em terra fértil
Ela chora, grita e canta!
Pelo recomeço de uma vida vivida
Sem otário, sem muro e sem opressão!
Quando a mulher levanta, a luta triunfa!
Viva às mulheres!
Viva, viva e viva!
Sobre as obras
O poema Resistência Luzente foi publicado na Reviravolta: Antologia Poética, da editora Uaná e Menó, 2023, no formato E-book.
Natural de São Caetano, município do Agreste de Pernambuco e morando atualmente em Jaboatão dos Guararapes (PE). Escritora, geógrafa e poetisa. Autora dos livros: A Renda Fundiária na transposição do Rio São Francisco (Índica/2021) e A Jitirana Poética (Toma Aí Um Poema/2023). Escreve o seu terceiro livro: Memórias Literárias de Amora: uma carta-manifesto e tem um projeto de trilogia.
@mariademelo.escritora