Fechadura extenso entrave
Bloqueado no claustro
Em seu silêncio na essência
um abismo
Imenso de desacontecimentos.
Mistificação do nada?
Não, não se permita
Guiar-se em enclausurada
Escuridão sem a palavra
- símbolo -
Poema que se
Fecha em si:
A palavra-chave.
O azul vento azul (este:
Que não vemos)
Dança com um blues: piano.
*
Teus fatais olhos negros:
Mistério visível
De um azul invisível.
*
O azul dormindo
O azul acordado
O azul dormindo acordado.
*
O azul que precede as manhãs
Escura chama fria
Nascendo de nossas mãos.
Edgard Senaha nasceu em 1989, São Paulo, formado em Filosofia, mas trabalha como livreiro. Escreve desde os 20 e poucos anos e pegou gosto pela literatura depois de terminar a escola e não ser mais obrigado a ler. Seu primeiro livro se chama Estudos Para um Livro de Poemas e ainda não foi publicado.
@steh_gard