Ao lado de Ascenso
Acendo um incenso
E sinto correr
Mais forte e valente
Sangue que dói para correr
E tu Capibaribe
Me diz onde fico
Se em teus braços eu posso moer
Pois como cana
Do corpo ao copo
Eu sinto o caldo escorrer
E meu futuro
Em doses homeopáticas
No presente eu quero beber
Um deus ateu,
Foi quem conheci hoje,
Numa conversa entre cigarro e álcool,
Onde estava puto e sem sentido,
Ele se manifestou:
Pleno, amigo e sincero,
Um complexo humano, sonhador,
Era Emanuel,
A metamorfose humana,
Feito gente:
Amando, sentindo e vivendo,
Um Deus assassino de si mesmo.
Filho de Camaragibe, cidade de Pernambuco, Enrique Andrade é multiartista, desenvolvendo sua poética na vivência. Entre poesias, performances, instalações, desenhos e esculturas faz do mundo seu ateliê. Educador, historiador e curador, é formado em História pela Universidade de Pernambuco e está mestrando do Programa de Pós Graduação em História pela Universidade Federal de Pernambuco, sendo bolsista da Capes.
@enriquejandrade @ateliecasa97