Majestoso rio Xingu
Que muito já testemunhou
O amor, a dor e a morte
Nas suas margens tem bambu?
A barragem já o parou
Sem alegria, sem sonhos, sem sorte
Das águas caudalosas
Ao remanso artificial
Foi guerreiro sem parar
Formidável rio Xingu
O homem te deformou
Sem parar, você foi forte!
Nas suas águas tem Pacu?
Qual vida aí sobrou?
Amazônia, Xingu, rio do norte
Cuido e me descuido
na mesma proporção.
Não sei se por negligência
ou por imprudência...
Quando não é a cabeça,
é o coração!
Jaime Barros dos Santos Junior é um poeta curitibano que vive no coração da Amazônia, às margens do rio Xingu. Amante da natureza e das letras, encontra na literatura uma poderosa ferramenta para sensibilizar a população sobre temas ambientais e outras causas nobres. Ocupa a cadeira número 37 na Academia Altamirense de Letras.
@jaimejr_poesia