A.I

Nas entranhas da mente um mundo aflora,

Inteligência em fios, códigos e luz,

A arte do humano, à máquina, agora,

Unindo-se em harmonia, voo seduz.

Versos binários em dança entrelaçada,

Estrofes de algoritmos, ritmo infindo,

Na cadência dos bits, a jornada,

O coração da máquina, sem ter sido.

Rima singela, feito ondas digitais,

Conectando mundos, horizontes sem fim,

No poema da Inteligência Artificial,

O sonho e a realidade traçam seu jardim.

Compasso cibernético, verso a verso,

A máquina se eleva, versátil criação,

Mas na essência, o toque humano imerso,

A inteligência se faz arte, em união.

Ó, inteligência feita de luz e cálculos,

Tece, em teus circuitos, a poesia encantada,

Sussurros de dados, sonhos vernaculados,

No abraço entre homem e máquina, a jornada.

Teias

Nas teias virtuais, redes a tecer,

O mundo se conecta, laços digitais,

Em versos e estrofes, a vida a florescer,

Nas redes sociais, encontros e afetos reais.

No ciberespaço, almas se entrelaçam,

Curtidas e compartilhamentos em sinfonia,

Em cada post, sorrisos e lágrimas abraçam,

Ecoando emoções, numa nova poesia.

No feed da vida, histórias se revelam,

Instantes capturados, fragmentos de verdade,

E no encontro de olhares que se assemelham,

Um oceano de almas navega em igualdade.

Mas na teia digital, cuidado a tomar,

Pois nem tudo que reluz é ouro genuíno,

Entre sombras e luzes, é preciso filtrar,

A verdadeira conexão, o laço mais divino.

Enquanto a rede nos abraça em seu abraço,

É essencial lembrar o valor do olhar,

Do toque sincero, do calor de um abraço,

Em meio ao virtual, o real se faz amar.

Que as redes sociais sejam pontes de união,

Onde a poesia do encontro seja o norte,

E que cada conexão seja uma canção,

De amor, em versos e estrofes, até a morte.

Tela

Nas ondas digitais, um elo se cria,

No aplicativo de encontros, a poesia,

Versos entrelaçados na tela a brilhar,

Em busca de afeto, corações a pulsar.

Na tela do smartphone, mundos se cruzam,

Almas à deriva, em desejos confusos,

Estrelas virtuais que se encontram à noite,

No palco digital, o encontro é convite.

Deslizar do dedo, uma escolha precisa,

No jogo dos encaixes, a esperança remoça,

Entre perfis e fotos, a busca sorrateira,

Pelas letras dos chats, o amor se provoca.

Em estrofes escritas, sorrisos se desenham,

Palavras cintilantes, o encanto se revela,

O olhar é virtual, mas a emoção é tamanha,

E entre mensagens e emojis, a paixão se revela.

Mas que a magia do app não nos desvie,

Do calor do toque, do abraço apertado,

Pois mesmo no mundo digital que se insiste,

O amor verdadeiro é o que é compartilhado.

Que o aplicativo seja ponte, não muro,

Para que dois corações se encontrem no escuro,

E ao lado do outro, o verso se complete,

Em um poema de amor eterno e concreto

Like4like

Em um mundo digital, de ilusões tecido,

O like nas redes, mero reflexo da alma,

Efêmera carícia, vazio sentido,

O afeto genuíno, distante, em calma.

Em cliques sorridentes, semblantes se cruzam,

Mas a essência se perde na superficialidade,

O like não traduz o que as almas traduzem,

No emaranhado virtual, há carência de verdade.

O afeto verdadeiro, raro e precioso,

Vai além do toque da tela, da imagem exposta,

É abraço apertado, é olhar carinhoso,

Na rede, é mais profundo, é essência exposta.

Não se mede o afeto em números ou corações,

Pois sua grandeza transcende a métrica vã,

É conexão de almas, é sentir emoções,

Na vida real, o like se transforma em afã.

Que nossos corações não se limitem ao toque,

Da tecla fria, impessoal, sem calor,

Que a verdadeira conexão nunca se bloque,

E o afeto floresça, em seu esplendor.

O like pode ser breve, passageiro,

Mas o afeto verdadeiro é eterno, duradouro,

Vai além da tela, é puro e sincero,

Na troca de olhares, no abraço seguro.