Restituição. Litografia, xerox e crayon (fotografia e lápis crayon). 29,7 x 21 cm. 2022.
Restituição. Litografia, xerox e crayon (fotografia e lápis crayon). 29,7 x 21 cm. 2022.
Restituição. Litografia, xerox e crayon (fotografia e lápis crayon). 29,7 x 21 cm. 2022.
Sobre as obras
Nesse trabalho busco fazer um protesto contra a prostituição compulsória que afeta corpos trans femininos. Precisamos estar atentas ao mundo macho, como diz Ventura Profana, mas para isso, é necessário ser ágil e rápida como uma cobra shikary. Aqui eu abordo, de acordo com minha vivência prostituída, a naturalização dos nossos corpos, que foram violentados e marcados pela violência de gênero, para um lugar de renascimento e restituição. É importante lembrar das nossas feridas e lembrar das que vieram antes.
Me chamo Hiata Bastos, tenho 22 anos, sou nascida e criada no interior do Rio de Janeiro e vim para a capital em abril de 2022 para cursar Artes Visuais - Gravura na UFRJ. Em 2022 tive a oportunidade de expor no Ateliê Sanitário no centro, também pude expor na Quinzena da Gravura, evento que ocorre duas vezes no ano na Escola de Belas Artes da UFRJ. Estudei e estudo no Parque Lage e atualmente faço litografia. Também estudo som no Cinema Nosso e videoarte. Minha pesquisa e gravuras, tem como base o trabalho sexual e a arte terapia envolvendo crianças trans, seu desenvolvimento pedagógico e artístico. Eu represento meu corpo enquanto uma travesti que foi prostituída, além dos estereótipos nos meus trabalhos de gravura. Acredito que, se crianças trans não fossem excluídas de ambientes escolares e sociais, a prostituição não seria compulsória a nossos corpos.
@caiporterra__