Oceânica Lenda, Canela Verde Referenda
Nas trevas ocultas da noite nebulosa e fria,
Emerge o marinho monstro da consternação vazia.
Sua figura sinistra, cinzenta e imponente,
Desperta medo profundo e desespero latente.
Seu rugido ecoa pelos abismos profundos,
Assombrando almas e sonhos moribundos.
Criatura das águas, amaldiçoada e gélida,
Carrega consigo uma aura de melancolia pálida.
Revoltosas ondas, sua presença macabra,
Semeia o caos, devorando almas sem glabra.
Olhos ferozes, fulgor demoníaco e vazio,
Aterroriza a sombria natureza, criando sombrio panázio.
Nas noites enevoadas, o mar se agita em fúria,
E os corações humanos perdem a esperança com euforia.
Senhor monstro marinho, alastra corrente e escuridão,
Abraça a solidão, macambúzio em sua eterna perdição.
Entre lendas e segredos, o monstrengo se oculta,
Um ser maldito, com alma impura que tumultua.
Sua existência perdura, teratismo e assombração transpõe,
Obscuro símbolo, assomo que governa e corrompe o que se ergue.
O monstro e sobreviventes, mito misantropo eternizado,
No estilo marinho, seu poder animália é exaltado.
Sua imagem macabra e quadrúpede ecoa nas memórias,
Evocando emoções fortes, histórias repletas de glórias.
Assim, nas águas profundas e místicas ele perdura,
O marinho monstro, gigante e hermética criatura.
Em olhar indigesto e matusquela, mistério pelágico se revela,
Caos no segundo maior oceano, atormenta e zela pela sua fera.
No âmago das marítimo, o Monstro da Barra do Jucu
Emergindo do âmago das trevas, irrompe uma aura enigmática,
Um véu sombrio entrelaça palavras misteriosas e extáticas.
Na penumbra das almas, o sentimento inquietante desperta,
Um turbilhão de medos e mistérios, a mente incerta.
Das profundezas eternas, emerge o despertar do desconhecido,
Sua figura imponente, a escuridão dominando com ardil destemido.
Calosidades em sua cabeça, símbolos ancestrais revelam-se,
Um ser macabro, envolto em segredos fundos e instigantes, que deleitam-se.
Com voz subaquática, um lamento atormentador ressoa,
Rugido sinistro, arrebatamento e tremor, tormenta que ecoa.
Barbatanas sinuosas, como garras afiadas e insaciáveis,
Rasgam a alma dos mortais, sem hesitação, em tormentos inexprimíveis.
Nas abissais profundezas, seu domínio é eterno, avassalador,
Senhor das sombras, místico inferno, predador aterrorizador.
Pele noturna, manchada de branco etéreo, fantasmagórico,
Contraste sinistro, encanto diabólico e melancólico, feérico.
Um ventre de baleia-franca-austral, seres se alimentam com avidez insana,
Devoradores de almas, entidades profanas, Monstrengo Jucu de artimanha.
Sombras dançam na superfície, pavor constante, angústia incessante,
Envolvendo corações imersos no terror, ogre macabra, sombria e vibrante.
Entre lendas e mitos, a criatura se oculta nas profundezas sombrias,
Ser amaldiçoado, emerge das trevas, metamorfoseia e delira.
Em seu olhar vazio, reflete a existência sombria, vazia, amarga,
Alma aprisionada, mergulhada na decadência, tormento que embarga.
O mar revoltoso é seu palco de desencantamento sinistro e profundo,
Espetáculo mórbido, tormento sutil, mistério que transcende o mundo.
No horizonte sombrio, destino obscuro se cumpre com efusão,
Narrativa que envolve a alma, coração subjugado, em eterna cogitação.
Assim, nessa atmosfera de mistério e aflição eternizada,
A experiência é terrível, impensável, macabra, verdade não suplicada.
Imagens rígidas, pavorosas na hidrosfera, fúria que não se engambela,
Evocam emoções fortes, essência cativante, verdadeira e singela.
Nas sombras da noite, ecoam versos etéreos e sombrios,
Ode ao desconhecido, sentimentos autênticos, frios.
Jornada inquietante, enigmas profundos a desvendar,
O monstro se revela, em sua essência sombria, a aterrorizar.
Marcelo Calderari Miguel nasceu em Juiz de Fora (MG). Em 2009 muda-se para Vitoria (ES) atuando como bancário na Caixa (CEF). Em 2010 ingressa na Universidade Federal do Espirito Santo (Ufes) e realiza bacharelado em Administração e Biblioteconomia. No Instituto Federal do Espirito Santo (IFES) participa de diversos cursos e eventos em prol da ciência, tecnologia e inovação. Tem formação em Educação Científica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e MBA em Estaítistica Aplicada, áreas em que atua com consultorias — EaD e TI. Desde as primeiras letras foi estimulado pelos professores a ler na Biblioteca Publica Municipal Murilo Mendes e, entre as leituras de sua adolescência estão as poesias de Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Christina Rossetti, Edgar Allan Poe, Lord Byron, Oscar Wilde, Samuel Taylor Coleridg, Tomas Antonio Gonzaga, entre outros. De quando em quando, dedica-se aos meandros do discurso poético. Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFES) - Linha 2 - Memória, Representação e Informação; Especialista em Educação Científica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) | Membro do Grupo de Pesquisa (CNPq - DGP Reg. Nº: 8448/2017) Tabularium - Políticas de Arquivos: Observatório no Estado do Espírito Santo; e Diretor de acervos no Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV).
@marcelo.miguelcal