Nunca conheci
Nunca conheci quem tivesse levado afagos
Meus conhecidos têm sido azarões em tudo
E nessa atuação, digna do teatro do estrago
Eles fracassam, sorrindo para o mundo
E eu, tantas vezes vago,
Tantas vezes absurdo,
Tantas vezes trago,
Uma espécie de visão ao surdo
Do que adianta eu, um mago,
Se não consigo dispersar, contudo,
A maldição que deixa amargo
Os que antes eram de puro conteúdo?
Nesse caminhar aziago,
Sigamos, com os braços erguidos de escudo!
Para que a luz não nos cegue demasiado
E despiste-nos o buraco fundo.
Átila Vieira é um poeta e escritor paulista, forte crente do poder das palavras. Começou a demonstrar ávido interesse pela escrita aos 17 anos, e desde então não consegue mais viver sem compor poemas e contos. Jovem, ainda não publicou nenhum livro ou revista e ainda busca ocupar seu espaço no cenário poético nacional.
@luuaan_nunes