Bruno Martins

Sobre a obra

O olhar é o mensageiro do caos e da redenção. Dentro de um olhar estão o aconchego de um olhar terno, assim como a fúria de um olhar odioso, ressentido, amargurado.

Sobre o julgo de um olhar são construídas bases severas que perduram por uma vida toda, sendo nada além da subjetividade do outro. O olhar é confundido com a lente que cada uma lança sobre qualquer assunto e dito como o espelho da alma, representa entre outras coisas a primeira manifestação e contato que temos com o outro.

Nesse repositório de emoções, lança-se um repertório muito maior de olhares, principalmente quando falamos de olhares de repulsa, de compaixão, de empatia, principalmente lançados sobre uma fragilidade intrínseca de condições indesejadas pela sociedade.

Mas quem se preocupa com olhar que esses mesmos atores tem sobre o mundo e sobre a sua condição? A subjetividade do olhar é uma característica inerente do ser humano e que nem sempre se convalesce, não acolhe, mas sempre julga, sentencia e, normalmente, condena.