Escapismo 1. Fotografia digital. 41 x 30 cm. 2021.
Escapismo 2. Fotografia digital. 30 x 41 cm. 2021.
Escapismo 3. Fotografia digital. 30 x 41 cm. 2021.
Escapismo 4. Fotografia digital. 41 x 30 cm. 2021.
Sobre as obras
Escapismo é um retrato do desespero pra fugir da realidade que nos assolava no momento da pandemia. Ao estarmos presos e em total isolamento buscamos ressignificar os objetos do cotidiano e olharmos não apenas pra eles de outras formas mas olhando também pra nós e tendo que conviver com as nossas principais angústias.
Meu nome é Willy Lourenço, tenho 27 anos, sou Maranhense e me mudei para São Paulo em 2016 para fazer faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na qual me formei em 2021 no meio da pandemia de Covid-19. Ao chegar na cidade de São Paulo, o meu interesse pelo campo das artes aumentou exponencialmente, principalmente no primeiro ano da faculdade, pois fiquei fascinado pelas aulas de artes que eram ministradas no curso. Instigado em querer conhecer mais a fundo, passei a usar grande parte do meu tempo livre para conhecer os museus na cidade e buscar livros na biblioteca sobre história da arte, fotografia e biografia de grandes artistas. Comecei a tirar algumas fotos em 2015 dentro de um pequeno quarto na casa em que morava e desenvolvi muito meu trabalho ao longo dos anos, encontrando novas temáticas conforme fui amadurecendo e descobrindo novas técnicas ao longo dos anos, seja fazendo cursos ou de forma autodidata. Após a pandemia comecei a conhecer também o trabalho de vários artistas independentes do cenário cultural de São Paulo e fiz alguns trabalhos para eles: fotos para capas de músicas e redes sociais, registro de fotos e vídeos de algumas apresentações ao vivo e bastidores de gravação de clipes. Ao longo dessa jornada de descobertas, também fiz algumas fotos em conjunto com outras pessoas, o que me proporcionou uma enorme troca de experiências e diversos olhares. Minhas fotos são, em sua maioria, imagens do meu próprio corpo envolvendo questões pertinentes à minha formação: sexualidade, religião, política, sociedade, entre outros. Nas fotos procuro trabalhar diversas técnicas de iluminação, interação com outros objetos, e explorar meu corpo construindo formas e me fazendo descobrir mais das possibilidades que sou capaz. Nos últimos anos comecei a desenvolver algumas técnicas de colagem com as minhas fotos e edição de vídeo. As minhas maiores referências são: Caravaggio, Robert Mapplethorpe, Ren Hang e grandes artistas do Surrealismo, tais como Dali e Magritte. Os trabalhos de Léon Ferrari e Hélio Oiticica também dialogam bastante dentro dos temas que sou fascinado. Em 2022 comecei um trabalho como Jovem Monitor dentro da Galeria Olido, no centro de São Paulo, e comecei a ter um contato mais profundo com a produção artística e cultural da cidade. Tenho feito trabalhos na área de divulgação e registro dos eventos que acontecem na galeria, o que novamente tem me possibilitado conhecer uma outra parte de mundo que sempre me encantou e fascinou.
@willyleandro