Fingi mistério,
mas sou clara,
quase óbvia.
Olhe, e me verá
inteira.
Olhe de novo e me verá
mais e maior,
intensa
e rara.
O porão
desse desejo insistente
tem uma janela
cuja folha esquerda não fecha
e bate o dia todo,
ao vento,
perturbando a tranquilidade
do resto do corpo inteiro.
Onde a carne arde,
onde o acaso vibra,
tem seu nome.
Paulistana acolhida no Rio de Janeiro, historiadora, professora, servidora pública e poeta sempre que posso. Autora de Itinerário: ida e volta (Letramento, 2019) e de poemas publicados em Alagunas (n. 13, 2018), 7faces (n. 21, 2020), Urro! - Contragolpe cultural (n. 1, 2020), Caderno de Poesias #1 do Urro! (2021), Subversa - Literatura Luso-Brasileira (vol.14,nº 5, 2021), Fruta Bruta (n. 8, 2022), Aguaceiro - Rádio Poesia (n. 18, 2022), Revista Toró (vol. 3, n. 11, 2023), Revista Sucuru (n. 28, 2023).
@claudiabaetaleal