Transbordar na dor,
derramar amor
e se afogar em lágrimas.
se amparar num quarto escuro
e se afagar,
sem esperar que ninguém
venha te salvar,
e sem que isso se transforme em mágoa.
Transbordar,
verbo transitivo indireto,
ter em excesso,
estar repleto,
sobejar afeto,
até que o amor te mate,
e de repente você renasce
com muito cuidado
para nunca mais,
transbordar!
Sou Eli Ferreira, baiana, poetisa, atriz do teatro do oprimido, capoeirista, produtora cultural, amante das artes e principalmente da arte política, a arte que agita e faz pensar. Atualmente moro em Taguatinga-DF mais precisamente no Mercado Sul, centro de referência e resistência cultural e política, onde moro, também trabalho e atuo em 4 coletivos, Ocupação Cultural Mercado Sul, Programa de rádio Gole de Poesia, Coletivo Tempo Eco Arte e Coletivo Becomposto. Desde criança me dedicava a escrever poesia, muitas se perderam e nunca foram lidas por ninguém, outras viajaram nos zines poéticos que fazia na época do MAP (Movimento Anarco Punk em Salvador). Faço da poesia a minha oração, do amor a minha religião, e da fé, a minha razão!
@elipoetisa