Ela não vira estilhaço assim, de pronto.
Fica boiando em busca de lugar quente,
girando, girando...
Se disfarça
e jura que sairá na urina,
mas continua lá, a impostora.
Quando lhe apraz, estoura tudo.
Dilacera o velho coração,
Deixa bambo o corpo já alquebrado,
verte rios subterrâneos que eu nem supunha carregar.
Custa pôr tudo em pé de novo.
A contragosto, aprendo a conviver com a danada esmagando minha costela.
Só então ela sossega.
Vai perdendo o pulso,
respira ofegante,
geme baixinho até silenciar.
Vira cicatriz.