Não sei ser eu
Ano: 2023. Tipo: Pintura. Dimensão: 60X80cm. Material/Técnica: Acrílica sobre tela
Rosa
Ano: 2023. Tipo: Pintura. Dimensão: 21X29,7cm. Material/Técnica: Aquarela sobre papel
O guitarrista
Ano: 2020. Tipo: Pintura. Dimensão: 21X29,7cm. Material/Técnica: Acrílica sobre o papel
De dentro para dentro
Ano: 2023. Tipo: Pintura. Dimensão: 21X29,7cm. Material/Técnica: Aquarela sobre papel
Paraíso que existe
Ano: 2023. Tipo: Pintura. Dimensão: 21X20,7cm. Material/Técnica: Acrílica sobre papel
Sobre as obras
Não sei ser eu. A eterna sensação de urgência em ser eu mesmo, em estar em constante equilíbrio com o cosmos. A preocupação em ser, em estar, em existir e fazer o meu olhar valer a pena. Porque sou egoísta a ponto de dedicar a minha vida em existir, em ser. As pessoas precisam da liberdade de se expressarem e se tornarem arte. É uma necessidade, uma obsessão. Uma busca incessante que nos consome. Somos narcisos confusos, tentando enxergar nosso reflexo no mundo.
Rosa
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada
O cravo ficou doente
E a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O guitarrista. O guitarrista precisou se transmutar para que a música de sua alma fosse ouvida apenas pelos anjos, porque as pessoas achavam sua guitarra estridente, agonizante, perturbadora. O guitarrista foi expulso da Terra e tocou sua guitarra até que sua música o levasse as nuvens. Ele se entrega a liberdade para poder se aceitar, sua música reflete sua alma insegura e subjulgada, vítima de um mundo cinza. Ele quer viver do sentimento da música.
De dentro para dentro. A decomposição de um subconsciente que se consome, trai a si mesmo até se findar. Me engolindo por dentro para cada vez mais interiorizado, o profundo vazio se torna um ciclo eterno de almas que são minhas, que se devoram, que se sobrepõem.
Paraíso que existe. Se o inferno são os outros, o Paraíso sou eu. Se eu penso e tão logo existo, o paraíso existe. Só para mim. Vivo na simultânea intersecção dos mundos da vida e da morte.
S.S. Maisa (18) é escritora, musicista, diretora criativa e artista visual brasileira -ênfase em paulista- que trabalha questões surrealistas e espirituais em suas obras visuais e literárias, como também foca em toda a forma de expressão de si mesmo. Recentemente teve sua pintura "Não sei ser eu" na exposição Sindicato de Artistas na Galeria Argrydis (Massapê Projetos). Seu livro "Como é bom estar sozinho" foi publicado pela Toma Aí Um Poema se encontra à venda no site da mesma.
"Todas as pessoas em mim querem ser sozinhas".
@_ss.maisa