Dona Dadinha. Donas da Terra, 2022 | Fotografia Digital P&B f/5.6 1/125s ISO 200 55mm s/flash, 4000x6000 pixels
Guerreira Maia, 2022 | Fotografia Digital P&B f/4.5 1/125s ISO 200 24mm s/flash, 2670x4000 pixels
Dona Maria. O legado de Dona Zefinha, 2023 | Fotografia Digital P&B f/2.8 1/80s ISO 100 24mm s/flash, 4000x6000 pixels
Dona Damiana e o segredo da cerâmica, 2023 | Fotografia Digital P&B f/3.2 1/80s ISO 1600 24mm s/flash, 4000x6000 pixels
Dona Prazeres e as cantigas de outrora, 2023 | Fotografia Digital P&B f/2.8 1/100s ISO 400 24mm s/flash, 4000x6000 pixels
A identidade indígena no Nordeste é construída processualmente e nesse contexto, as categorias “mulheres” e “nordestinas”, assumem um caráter ainda mais profundo e pressionado da sociedade. Se as políticas coloniais e o colonialismo suprimem as identidades indígenas no Nordeste, ser “mulher”, “indígena”, “nordestina”, as colocam em uma encruzilhada ainda mais complexa, interseccionando etnia, raça, gênero, classe e regionalidade. Questões como autonomia, articulação, participação, organização, violência, corpo, reprodução, memória, parentesco, matrimônio, poder, entre outras, atravessam os limites da luta pela terra e expõem outras demandas político-sociais, encabeçadas pelas mulheres indígenas.
Ao retomarem as memórias sobre o período de luta da retomada do território
indígena Xokó, localizado no Sertão sergipano, as mulheres subvertem a invisibilidade imposta aos seus modos de narrar e acrescentam na memória coletiva novos personagens, memórias, narrativas e performances. As imagens, por si só, constroem narrativa e memória. Elas são as mulheres indígenas Xokó, elas são donas da terra.
Ana Marinho é interessada em histórias e pessoas. Roteirista, jornalista, pesquisadora, fotógrafa, escritora e mestranda em Antropologia pela Universidade Federal de Sergipe. Trabalha em pesquisas no campo do gênero com coletivo de mulheres marginalizadas. Documentarista etnográfica volta aos povos indígenas no Nordeste.
@anamarinho____________